“Peixe vivo vale mais”. Essa ideia conduz a tramitação do PL 41 que regulamentar a pesca esportiva em Cajuru. O projeto pretende também estimular parcerias para promover o peixamento e a limpeza dos rios, além de proibir o transporte de peixes esportivos, exceto tilápia e carpa. Outro ponto abordado no projeto de lei é a responsabilidade da Prefeitura em disponibilizar um fiscal para trabalhar nos eventos de pesca, além de inibir, de maneira geral, a pesca predatória.
A aprovação desse projeto de autoria do Vereador Ricardo e da Vereadora Débora vai permitir que mais pessoas possam vivenciar a “emoção de devolver o peixe com vida para o lago”, de acordo com a expectativa de Kléber Arriel (Foguinho) e Luciano Pessoa (Tilu), integrantes da diretoria da Associação de Pesca Esportiva (Aspe) que foi fundada em Divinópolis em 2021. A entidade explica que a pesca esportiva não pode ser resumida ao ato de pescar, pois a prática, além de colaborar com a conscientização sobre a preservação ambiental, desenvolve a economia.
Preservação
Para medir a necessidade do preservar, Foguinho afirma que o tamanho das matrizes dos peixes esportivos em Cajuru diminuiu nos últimos anos. De acordo com o pescador, antes era fácil pescar um tucunaré de 65 cm. Hoje, segundo ele, o tamanho de um peixe dessa espécie não passa de 45 cm.
Além dessa redução do tamanho, Foguinho alerta que a obra realizada pela Cemig na Barragem vai diminuir ao nível das águas o que vai facilitar a pesca e dificultar a desova, e isso pode diminuir a quantidade de peixes. A Cemig, por meio de nota, esclarece que o volume das águas só será reduzido entre abril e outubro de 2023, e que o volume útil da represa deverá ficar em 32%. As obras foram iniciadas em junho de 2022 e serão finalizadas em novembro de 2023 e objetivam reforçar o vertedouro atual e construir outro vertedouro.
Economia
Outro ponto abordado pela dupla foi o estímulo dado pela pesca esportiva na economia que é impulsionada pela realização de torneios que atraem turistas que movimentam os hoteis, restaurantes e o comércio local. Tilu lembrou do evento realizado no Lago das Roseiras em julho e que atraiu 50 participantes entre barcos e caiaques. Foguinho destaca também que a Remo e Prosa já recebeu 70 inscrições para o evento que será realizado em Formiga em novembro.
Essa amplitude que a pesca esportiva representa está estimulando as Câmaras do Centro-Oeste. Esse assunto já virou lei em Divinópolis e Itaúna, respectivamente, em maio e agosto deste ano. Já em Cajuru e em Cláudio, um projeto de lei está tramitando em cada Casa, desde setembro.
Essa regulamentação regional, para Tilu e Foguinho pretende transformar a Barragem em “ícone da pesca esportiva de Minas Gerais”.
Ficou interessado em ler o PL 41? Acesse: https://bit.ly/3f1DAyK
Na foto, da esquerda para a direita estão Luciano e Kléber.
