A segurança pública de Cajuru foi discutida em uma reunião da qual participaram a PM, Polícia Civil, Prefeitura, Câmara, Apac e sociedade civil, em 16/11, na sede do Legislativo.
O encontro foi mobilizado pela Élida Nascimento, mais conhecida como Quinquinha, cujo bufê que se localiza no Centro, foi invadido por ladrões em três noites seguidas, e uma quarta vez, 20 dias depois. Essa sequência de crimes a fez querer discutir o problema da segurança.
O aumento da insegurança, no entanto não é medido pelas estatísticas. O Tenente Gustavo Duarte disse que foram registrados dois assaltos em Cajuru neste mês, nenhum, em outubro, e nove, em janeiro de 2018. Essa diminuição dos casos é confirmada pelo Delegado Weslley Castro que mencionou que foram registrados 28 roubos de janeiro a outubro de 2019, e 17, neste ano.
Para tentar reduzir ainda mais esses registros, o Prefeito Edson Vilela disse que será realizado o concurso da Guarda Municipal. Vilela também destacou que as filmagens das oito câmeras de videomonitoramento que foram instaladas pelo Cidade Inteligente já auxiliaram na solução de alguns crimes.
A criminalidade poderia ser menor se houvesse mais investimento nas forças policias. O Delegado Castro afirma que hoje a delegacia conta com apenas uma viatura caracterizada (em 2019, havia duas), e em Cajuru trabalham três investigadores, um escrivão e um delegado. Castro afirma que o ideal é que o quadro fosse formado por nove profissionais. O delegado chama atenção para os plantões de 12h que esses servidores fazem em outras cidades que dão direito a uma folga de 36h, o que reduz a presença dos policiais na delegacia de Cajuru.
Outro ponto destacado foi a relação entre criminalidade e drogas. De acordo com o Tenente Duarte, a maior parte dos furtos é cometida por usuários, especialmente de crack. Por isso, Duarte levantou a necessidade da criação de políticas públicas para essa parcela da população.
Outra necessidade apontada pela PM foi o aumento da atenção da população. O Tenente Duarte contou a ocorrência de uma vítima que depositou o pagamento do aluguel na caixa de correspondência da casa do locatário, apesar de estar sendo observada.